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5 Dicas de segurança da casa para seu filho autista


MICHELLI FREITAS MARÇO 1, 2019.
Aprenda como é possível tornar a casa segura para seu filho autista.

Foto Ilustrativa do Jordano, com Autismo e Sindrome de Cornelia de Lange e Felipe, irmão.
Para a maioria dos pais, tornar a casa um local seguro para as crianças significa pouco mais do que restringir o acesso aos possíveis perigos.

É um problema que pode ser resolvido em uma tarde, com algumas fechaduras de armário e uma ou duas grades de bebê.

Dessa forma, garantir que a sua casa seja um ambiente seguro, onde as crianças possam ser crianças sem ter que se preocupar com elas mexendo com alguma coisa venenosa ou caindo das escadas, é o básico.

Mas, como todo pai com filho autista sabe, quando se trata de TEA, nunca há uma única solução que funcione para todas as crianças.

Ao abordar o seu projeto de segurança para as crianças, você também precisará enfrentar o desafio de considerar a gravidade da condição do seu filho. Dessa forma, analisar o o grau de comprometimento cognitivo, se houver, e os comportamentos únicos apresentados.

Por fim, preparar a sua casa para uma criança com autismo normalmente vai além das práticas padrões de instalar fechaduras, cercas e esconder produtos químicos.

Irritabilidade e ansiedade, segundo um autista

Hoje (12/08), recebi estas orientações do João Julio Schimidt Souza, autista, 42 anos, que frequenta o espaço de convivência do Autista da Associação de Pais e Amigos do Autista de Cruz Alta (AMACA). Por ter um conteúdo bem significativo em relação a crise de um autista, achei por bem compartilhar com os demais familiares e interessados. Vejam:

João Julio e o Jordano - Espaço de Convivência do Autista/Cruz Alta-RS
"Edivan, diante do que aconteceu com o Jordano hoje de manhã, justamente eu estava escrevendo um texto sobre o insight (pronuncia-se insait), que é a percepção interior sob o olhar de um autista.
Nos casos severos como o do Jordano é um fato problemático pela dificuldade de perceber que está sendo inadequado, hoje as agressões do Jordano foram por impulso devido ao fato do meu afastamento para amarrar o tênis e do término das danças e atividades lúdicas para a entrega de lembranças aos pais que foram súbitos gerando irritabilidade e ansiedade o que o leva ao impulso de agredir pessoas fisicamente.
Sendo que a melhor alternativa é fazer o sinal de alerta colocando as duas mãos em posição vertical na frente dele dizendo "calma" em tom firme e calmo e encará- lo olho no olho dizendo "assim não que dói" ou que "está tudo bem". Caso o veja chorar, dar e pedir um beijo e um abraço a ele no mesmo tom que ele se acalma e desarma o espírito, quando se afastar momentaneamente fazer o sinal com o braço indicando que sairá depois voltará, assim freará o impulso de agressividade, também perdoar as inadequações comportamentais.
Eu já agi por impulso de agredir muitas vezes e fiquei em estado de choque de modo que senti compaixão de quem agredi e de mim por agir desta maneira, pois ao perceber tinha a sensação de causar um grave desastre e ferir física ou verbalmente alguém de modo involuntário, pois não tinha a intenção nem o propósito de fazê-lo.
Nos casos moderados uma explosão de emoções leva a atos desastrados não impedindo de se dar conta surpreso mas vendo o reverso da medalha, isto é, a quebra do protocolo facilitando a interação social.
Neste caso não é falta de insight coisa nenhuma, é tudo ansiedade desencadeada por repulsa. Nenhum destes casos deve ser encarado como capricho ou motivo torpe pois isto gera mal-entendido, medidas insuficientes e momentos constrangedores que pioram a situação. Abraços. João Julio."

Valeu João Julio, Obrigado!
Edivan Souza
http://blogcorneliadelange.blogspot.com.br/

Santa Catarina terá carteira de identificação do autista

Documento foi criado via projeto de lei da Assembleia Legislativa e ainda está em processo de estudos para viabilizar emissão que será feita pelo governo do Estado
NSC Total 16/08/2019 - 10h58 - Atualizada em: 17/08/2019 - 12h38


Levar o filho para passear no shopping ou andar de ônibus são atividades comuns em família, mas para Franciele Torquato, mãe do Eduardo, 7 anos, são momentos que exigem cuidado e preparação. Isso porque o menino é autista nível 1 e possui Síndrome de Asperger, condições que afetam a forma como ele percebe o mundo e interage com outras pessoas. Porém, ao olhar para Eduardo nada disso pode ser percebido. O que se observa é um menino sorridente e ativo.
A mãe conta que é justamente a aparência saudável e feliz do filho que torna a interação social complexa. Por causa do transtorno, o menino não aceita ser tocado por estranhos e tem crises de ansiedade quando está em locais com aglomeração de pessoas. Por isso, Franciele explica que não sai de casa sem uma pasta cheia de documentos e laudos que comprovam a condição do menino.
— A fila do supermercado é horrível, ele fica agitado com o tempo de espera e normalmente as pessoas começam a ficar irritadas. Me questionam se estou grávida. Houve um caso em que fui hostilizada e chamaram até a supervisora. Enquanto isso, as pessoas gritavam que eu estava furando fila e que deveria aprender a educar o meu filho. O Eduardo, nervoso, começou a se auto agredir. Em meio a tudo isso quem vai parar e ler um laudo médico? — diz Torquato

As Festas de Final de ano sob o olhar de um Autista

Por João Julio Schmidt Sousa * 

O autista vê o Natal e o Ano Novo simplesmente como festas de fim de ano e começo de outro ano. Quando são festas muito formais, com regras rígidas para o uso das tradições natalinas e de ano novo, é mais difícil a interação porque o autista vê a lenda do Papai Noel e a troca de presentes usadas para reprimir pessoas, o presépio tratado como objeto intocável, a árvore de Natal tratada como compromisso, o champanhe no brinde de Ano Novo e a lentilha como comida e bebidas obrigatórias, sem contar brigas e situações desagradáveis, podendo gerar vivência traumáticas. Quando são festas informais, misturando tradições e descontração, o autista tende a refletir procurar entender as origens das tradições como fatos históricos. Sente-se bem em conviver tanto com a família quanto com pessoas de fora pois o que importa são as pessoas que gosta sem distinção de grupos.

Leia mais sobre o olhar de um autistaClick aqui
* O autor é pessoa com Autismo, Ex-Presidente da Associação de Pais e Amigos do Autista de Cruz Alta (2010/2012), Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Cruz Alta, Bacharel em Direito . e-mail: joaojulio@brturbo.com.br

O abalo emocional sob olhar de um autista

Por João Julio Schmidt Sousa * 
O autista quando passa por um abalo emocional, geralmente é desencadeado por situações aparentemente banais, mas para ele são muito significativas. Vejamos alguns exemplos:
1) compulsão por antecipação de horários movida por um trauma psicológico;
2) repúdio a reuniões formais que terminam em confusão; e
3) eventual perda de sono ao ficar chocado com uma situação crítica de um ente ligado afetivamente.

Não adianta considerar esta situação um círculo vicioso que precise romper, pois não é uma neurose muito menos um conjunto de regras inflexíveis. É uma reação às crises emocionais. 

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* O autor é pessoa com Autismo, Ex-Presidente da Associação de Pais e Amigos do Autista de Cruz Alta (2010/2012), Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Cruz Alta, Bacharel em Direito . e-mail: joaojulio@brturbo.com.br

O bullying sob o olhar de um autista

Hoje, recebemos mais um texto do João Júlio, sobre o mundo na visão de um autista.

"
"O BULLYING SOB O OLHAR DE UM AUTISTA

QUANDO UM AUTISTA SOFRE BULLYING É EM FUNÇÃO DO PRECONCEITO E DA FALTA TOTAL DE INFORMAÇÃO DAS PESSOAS. EM CONSEQUENCIA DISTO PERDE MUITO DA SENSIBILIDADE E DESENVOLVE UMA CAPACIDADE DE VINGANÇA CONTRA QUEM FAZ INJUSTIÇA CONTRA ESTE. A MELHOR SAÍDA É NÃO TENTAR DEMOVÊ-LO DE REVIDAR POIS ASSIM FARÁ COISAS INOFENSIVAS, NO MÁXIMO LINGUAGEM DEPRECIATIVA"




Leia as outras postagens no João Julio AQUI.

João Julio: As mortes violentas sob olhar de um autista

Compartilhamos mais um texto do João Julio Schimit Souza, Autista, 42 anos.
João Julio Shimit Souza

"AS MORTES POLÊMICAS SOB O OLHAR DE UM AUTISTA

UM AUTISTA VÊ AS MORTES MAL EXPLICADAS COMO AS MAIS IMPACTANTES EM FUNÇÃO DAS CONTROVÉRSIAS EM TORNO DA CAUSA. EX: QUEDA DE UM EDIFÍCIO PODENDO SER ACIDENTE OU SUICÍDIO, AFOGAMENTO EM CIRCUNSTÂNCIAS MISTERIOSAS COM SUSPEITA DE ASSASSINATO OU UM ACIDENTE FATAL, OVERDOSE DE SOPORÍFEROS DADA COMO SUICÍDIO MAS CONCLUÍDA PELA PERÍCIA COMO ACIDENTAL, ENTRE OUTRAS.
O FATO CAUSA EMOÇÕES NEBULOSAS COMO ÂNSIA DE PREENCHER LACUNAS CULTURAIS E EMOCIONAIS E O EMPENHO EM ESCLARECER OS FATOS E LEVANTAR A AUTOESTIMA."


Confira outros textos do João Julio AQUI

O Sistema linha dura sob o olhar de um autista

A seguir, o texto do João Júlio que nos foi encaminhado, nesta data.
João Julio em uma reunião almoço da AMACA


"O SISTEMA LINHA-DURA E O LADO MESQUINHO E FÚTIL DA SOCIEDADE SOB O OLHAR DE UM AUTISTA


UM AUTISTA VÊ O SISTEMA LINHA-DURA, FORMADO POR PESSOAS RÍGIDAS COMO UM GERADOR DE CONFLITOS E DESAJUSTES, DE MODO QUE É TIDO COMO OVELHA NEGRA, AQUELE QUE DESTOA, EM FUNÇÃO DAS LIMITAÇÕES E HABILIDADES.


O LADO MESQUINHO E FÚTIL DA SOCIEDADE É VISTO PELO AUTISTA COMO SEGREGADOR DE MODO QUE DIFICULTA A INTERAÇÃO A PONTO DE CAUSAR ISOLAMENTO E REJEIÇÃO.


SÃO MEIOS SOCIAIS QUE GERAM AVERSÃO E REPÚDIO DE MODO QUE O AUTISTA NÃO MEÇA ESFORÇOS PARA MANTER DISTÂNCIA, SE CONTRAPONDO E ROMPENDO COM ESTES PADRÕES COMPORTAMENTAIS."


Outros textos do João Julio AQUI


A desforra sob o olhar de um autista

Por João Julio Schmidt Sousa * 
Imagem, stopautismo
O autista vê a desforra como um modo de reparação de uma injustiça ou de uma experiência traumática com o objetivo de se sentir aliviado sem fazer mal a ninguém. Pode ser por linguagem depreciativa (com exceção de palavrões, termos ofensivos, agressão física,intrigas, crimes de calúnia, injúria , difamação, homicídio, furto, roubo, manipulações sociais) ou uma ruptura de relações sociais de modo que ninguém saia prejudicado. É uma forma de obter honra e auto-aprovação.

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* O autor é pessoa com Autismo, Ex-Presidente da Associação de Pais e Amigos do Autista de Cruz Alta (2010/2012), Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Cruz Alta, Bacharel em Direito . e-mail: joaojulio@brturbo.com.br

As pressões sociais sob o olhar de um autista

João Julio Schmidt Sousa *
O autista sente as pressões sociais como algo que dificulta a socialização, pois nem todos os ambientes sociais facilitam a interação social e o comportamento adequado.
Não devem ser feitas pressões, pois o autista não só sente-se policiado, quanto causam ansiedade e desconforto. Ambientes formais e/ou fúteis podem causar mal-estar ao autista, assim como um ambiente desconhecido a este tipo de pessoa.
Uma das possíveis reações é o mutismo seletivo, podendo não dizer uma palavra a pessoas estranhas ou a pessoas que não o agradem, outras são o isolamento e a agressividade de difícil controle. 
É prudente não se basear em motivos torpes para explicar estas reações.


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* O autor é pessoa com Autismo, Ex-Presidente da Associação de Pais e Amigos do Autista de Cruz Alta (2010/2012), Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Cruz Alta, Bacharel em Direito . e-mail: joaojulio@brturbo.com.br


A convivência sob o olhar de um autista

João Julio Schimit Souza, Autista


UM AUTISTA VÊ A CONVIVÊNCIA COMO UMA FACA DE DOIS GUMES, POIS EMBORA NECESSÁRIA É BASTANTE DIFÍCIL POIS REQUER IMAGINAÇÃO SOCIAL, INTERAÇÃO SOCIAL E COMUNICAÇÃO SOCIAL.  

Vitor, Bruno, Maria Margarida, João Julio - Foto: Ágata


DIANTE DISTO, A MELHOR MANEIRA DE FACILITAR A CONVIVÊNCIA É CONDUZI-LO A PSICOTERAPIA, A REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA, CLASSES ESPECIAIS E CENTROS DE CONFRATERNIZAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS PARA QUE HAJA UMA EVOLUÇÃO NO QUADRO. 
NÃO SE DEVE TENTAR TOLHER E REPRIMIR UM AUTISTA COM REGRAS RÍGIDAS POIS DESENCADEIA AGRESSIVIDADE E REPULSA NEM FALTAR COM NATURALIDADE POIS DESENCADEIA PERTURBAÇÕES EMOCIONAIS, FIRMEZA DÁ TRANQUILIDADE E CALOR HUMANO FACILITA A INTERAÇÃO. PARA UMA BOA CONVIVÊNCIA DEVE SE OBSERVAR A REAÇÃO DE UM AUTISTA LEVANDO EM CONTA SUA HONESTIDADE.

A família sob o olhar de um Autista

João Julio Schmidt Sousa * 
O autista só consegue ter melhor participação na família quando a relação é informal, porque isto facilita a interação com os familiares de modo a ter mais calor humano. Quando a relação é formal, ocorre mais dificuldade de interagir por parte do autista porque desequilibra as emoções e incentiva a uma distância emocional intransponível.



* O autor é pessoa com Autismo, Ex-Presidente da Associação de Pais e Amigos do Autista de Cruz Alta (2010/2012), Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Cruz Alta, Bacharel em Direito.

Estudos conduzidos por pesquisadores brasileiros abrem novas portas para entender o autismo

Até hoje, os artigos publicados sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) olharam apenas para a morfologia e o funcionamento dos neurônios das pessoas que sofrem com o transtorno. No entanto, um estudo inédito conduzido pela pesquisadora brasileira Dra. Patrícia Beltrão Braga, da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com a Dra. Graciela Pignatari e o Dr. Alysson R. Muotri, respectivamente Diretora Executiva e Chief Scientific Officer da TISMOO, demonstrou que outro tipo celular do cérebro, os astrócitos, também têm um papel fundamental para a saúde do neurônio.

A pesquisa foi realizada durante o doutoramento de Fabiele Russo, que através de ensaios e experimentos avaliou as células do sistema nervoso de pacientes com autismo clássico, todos com déficits de comunicação/cognição e estereotipias. As células do sistema nervoso, os neurônios e astrócitos, foram produzidos através da reprogramação de células da polpa de dentes de leite desses indivíduos. Depois de vários experimentos, foi possível observar que os astrócitos eram os responsáveis pelas características dos neurônios dos autistas, o que pode refletir no quadro clínico/comportamental desses indivíduos.

As lendas natalinas sob o olhar de um autista

Por João Júlio Smith Souza
João Júlio, Espaço Convivência
Foto: Ágata


PAPAI NOEL
Lenda Anglo-Americana que mistura a história de São Nicolau de Mira com a Mitologia Nórdico-Germânica: É uma faca de dois gumes, pois é símbolo de bondade e ao mesmo tempo usada antes para educar de modo rígido, hoje para fins comerciais. Moral da história: É um erro de orientação, pois quem crê piamente perde a ilusão.



BERCHTA/BERTHA (Senhora Branca)
Lenda Nórdico-Germânica da senhora fantasmagórica em forma de mulher loura ou de velha enrugada e disforme que presenteia as tecelãs batalhadoras e pune as preguiçosas desfazendo seus trabalhos: É símbolo de moral rígida valorizando a dedicação e punindo a preguiça. Moral da história: Deve ser usado um meio- termo, punindo os malfeitores, que usam a dedicação para cometer baixarias para subir na vida e a preguiça para explorar e usufruir conscientemente. Não se deve dar esperando retorno, pois afasta as pessoas e pode acabar ouvindo um grandessíssimo desaforo.

KRAMPUS
Lenda Germânica do demônio com chifres de cabra, cascos de fauno e pelos no corpo inteiro que pune as crianças más ou malcriadas e aqueles que perdem a fé levando num saco para o inferno. Símbolo de educação pelo medo da morte ou do perigo, através da repressão contra a incredulidade, a travessura, a maldade ou grosseria deturpado como o "velho do saco" ou "homem do saco". Moral da história: É má orientação, pois muitos falam da forma deturpada sem saber o que dizem, e pode gerar muitas fobias como a agorafobia(medo de lugares e espaços abertos).


Leia os outros posters do autor AQUI

"O Ponto de vista de um Autista": primeiro livro do João Julio em elaboração

João Julio Shimit Souza, Autista, 42 anos - Redigindo seu livro sobre Autismo
Hoje (10/06), no Espaço de Convivência do Autista, o João Julio Shimit Sousa deu prosseguimento a redação do livro, onde ele vai relatar as interpretações que faz do cotidiano. 
Ele já tem várias postagens neste blog relacionadas ao seu modo de ver o mundo. Agora, no mesmo momento em que as demais pessoas com autismo compartilham o espaço de convivência, João Julio faz o relato desse olhar peculiar. O Ponto de vista de um Autista.



Lei determina avaliação pelo SUS de riscos ao desenvolvimento psíquico de bebês

A nova lei tem implicações importantes para o diagnóstico do Autismo - Transtorno do Espectro Autista. Vejamos a matéria da Agência Senado.


Foto Ilustrativa : Murilo - abril 2017 - AMACA/Cruz Alta
O Sistema Único de Saúde (SUS) será obrigado a adotar protocolo com padrões para a avaliação de riscos ao desenvolvimento psíquico de crianças de até 18 meses de idade. É o que determina a Lei 13.438/2017, sancionada na quarta-feira (26) e publicada nesta quinta-feira (27) no Diário Oficial da União.

A lei é decorrente do Projeto de Lei do Senado (PLS) 451/2011, aprovado na Casa em abril de 2013 e na Câmara dos Deputados em março deste ano. A norma entra em vigor daqui a 180 dias.

O texto, que modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990), estabelece que crianças de até 18 meses de idade façam acompanhamento através de protocolo ou outro instrumento de detecção de risco de desenvolvimento psíquico. Esse acompanhamento se dará em consulta pediátrica.

De acordo com a autora do PLS, senadora Ângela Portela (PDT-RR), esses exames poderão detectar, precocemente, por exemplo, o transtorno do espectro autista, o que permitirá um melhor acompanhamento no desenvolvimento futuro da criança. Em pronunciamento no Plenário do Senado no início de abril, quando a proposta foi enviada à sanção, ela afirmou:

- Esse tipo de exame já é atualmente aplicado em consultas médicas simples. Compõe-se de 31 indicadores que possibilitam acompanhar o desenvolvimento infantil do bebê de zero a 18 meses. Esses indicadores reúnem aspectos corriqueiros da vida do bebê, com análise de suas reações a pequenos estímulos externos, das formas de expressão de suas necessidades, da resposta ao olhar da mãe durante a amamentação e dos gestos que a criança faz.

Na justificativa para o projeto, ela sugeriu a adoção do Protocolo Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI), que já é utilizado pelo SUS em diversas regiões do país, mas destacou que outro instrumento pode ser utilizado.

A relatora na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senadora Marta Suplicy (PMDB– SP), considerou justa a proposta. No relatório, ela afirma: “Nada mais justo implantar, dentro dos serviços públicos de saúde, à luz do princípio da atenção integral, instrumento voltado para auxiliar a detecção de anormalidades no desenvolvimento infantil.”

Fonte: Agência Senado

Pais de autistas têm dificuldades para usar filas preferenciais em locais públicos

G1. 24/10/17

Lei municipal obriga que ambientes públicos e privados tenham símbolo do autismo em guichês de atendimento preferencial.

Os pais e parentes de pessoas com autismo têm direito de usar as filas preferenciais em estabelecimentos públicos e privados. É o que determina uma lei municipal de Palmas que já está valendo. A legislação determina a inclusão do símbolo do autismo como forma de conscientizar as pessoas e garantir o atendimento preferencial. (Veja o vídeo)

Segundo a lei, o símbolo deve ser incluído em bancos, supermercados, farmácias, bares, restaurantes, lojas em geral e similares.

Além disso, há uma regulamentação estadual que também prevê, para a partir do ano que vem, a obrigatoriedade do acréscimo do símbolo do autismo em guichês de autoatendimento em ambientes públicos e privados de todo o Tocantins.

Para a dona de casa Ellen Barros, mãe do Guilherme, de 11 anos, essa mudança vai fazer uma grande diferença na rotina da família. Ela diz que sempre pega a fila preferencial, mas geralmente é hostilizada por isso.
Pais de crianças autistas comemoram lei que exige atendimento preferencial (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
“Eu acho que é um ganho muito grande para o município de Palmas porque a gente tem dificuldades de chegar no caixa de supermercado, caixa de açougue, farmácia, a pessoa que está na fila atrás questiona e aquilo incomoda. Porque o autismo é comportamental não é físico, então nem sempre vai olhar para a criança e dizer que ela é autista.